14 de novembro de 2014

Um corpo todo seu


Já faz algum tempo que venho pensando em fazer um post sobre esse assunto aqui no blog. É um assunto que me atormenta quase todo santo dia. Não sei porque demorou tanto. Acho que esperei até que não aguentasse mais sufocar as palavras dentro de mim.

O assunto é PESO, CORPO. Gorda, magra, linda, feia, cheinha, seca, em forma. Qualquer adjetivo que você quiser dar sobre o corpo alheio. Não entendo a necessidade que nós todos, homens e mulheres, temos de definir-nos. Mas especialmente definir, com palavras, padrões, nossos corpos. Nossos corpos são ferramentas incríveis e belas. Acho uma das coisas mais lindas que Deus criou. E é lindo ver como cada um é diferente.

Veja bem, minha relação com o meu próprio corpo é algo extremamente pessoal, privado. Nunca gostei que qualquer pessoa me visse de calcinha e sutiã, de biquíni, ou com uma roupa mais curta ou mais colada. Nunca, desde criança, me achei bonita ou magra. Tenho plena consciência de, aos 8 anos, já pensar em como fazer para emagrecer! E eu nem era uma criança considerada ‘gordinha’.

Só que na adolescência eu emagreci muito e me mantive com o peso baixo por alguns anos. Eu cheguei a pesar 47 kg. E antes que alguém ache que eu sofri de alguma disfunção alimentar, como a bulimia ou a anorexia, eu já aviso que NÃO! Eu só não conseguia comer. Eu vivia em um estado de ansiedade tão alta que nunca tinha fome. Pelo contrário, eu vivia enjoada, mesmo quando não comia a cerca de 12 horas.

Não é fácil pra mim me abrir dessa maneira. Eu não gosto de falar da minha vida, do meu corpo, dos meus sentimentos. Mas eu sinto que muitas meninas e meninos passam por esse tipo de crítica e cobrança diariamente. Cobrança para serem magros, para serem esbeltos, para se exercitarem, e todo essa história que já conhecemos.
Desde o ano passado que eu tenho uma rotina mais estável, e também não ando tão ansiosa, e por isso eu comecei a COMER. Comer quando eu sentisse fome, e vontade de comer. E por isso, eu passei do manequim 38, pra 40. Do P, para o M. E eu realmente ENGORDEI. Não vou ser hipócrita e dizer que quando me olho no espelho me acho mais bonita, porque é mentira. Eu gostaria sim de ser mais magra.

Mas, não vim aqui pra falar da minha relação com o meu corpo. Eu vim pra falar da reação das pessoas ao meu redor quando eu comecei a engordar. Três pessoas me disseram que eu estava melhor, com um aspecto mais saudável, e com corpo de mulher. ‘Antes você tinha corpo de menina’.  Mas muitas outras pessoas me disseram que eu estava gorda, que precisava fazer um regime, entrar para uma academia, parar de comer doces, blá blá blá.

Todo dia. TODO DIA alguém faz um comentário sobre o meu peso. Meu corpo é MEU, e não um assunto para as pessoas ficarem tratando como se fosse algo de interesse público, porque não é! Ele diz respeito só a mim mesma.

Todas as vezes que me dizem essas coisas eu fico brava e deprimida. Brava porque não acho que seja da alçada de NINGUÉM dar palpite no corpo alheio. Corpo é algo extremamente pessoal. E deprimida porque não sou uma pessoa com alta auto estima, e esses comentários me afetam muito, me fazem me sentir mal comigo mesma.

Enfim, esse é meu desabafo e meu pedido: Parem de dar opinião nos corpos alheios. Seu corpo é só seu, e assim como só você decide quem o deve tocar, só você deve decidir como o quer ver.



5 de novembro de 2014

Por que Indiana, João? - Danilo Leonardi


Se você está lendo este post provavelmente já conhece o Danilo Leonardi, ou pelo menos o seu site e canal no YouTube, o Cabine Literária, um dos maiores do gênero aqui no país. Se você ainda não conhece o Danilo crítico e fã de literatura, eu recomendo muitíssimo!

Mas esse post é para falar da estreia do Danilo como escritor de ficção com “Por que Indiana, João?”. Preciso confessar que eu adoro esse título. Primeiro por ser uma pergunta, o que sempre desperta a minha curiosidade, e segundo por ele ser uma frase instigante, já que se você não ler o livro, não a entenderá nunca o significado do título.

A narrativa é em primeira pessoa, e segue um garoto comum de 15 anos, o João, que vive em São Paulo, com sua mãe, e ás vezes passa o fim de semana no apartamento do pai. Até ai tudo bem, o João poderia ser como muitos dos meus colegas de colegial ou um dos meus alunos.

Mas ele não é. Todo dia, na escola,  para o João é uma tortura. Um medo constante de ser xingado e humilhado por Guilherme e os outros garotos que fazem tudo o que o valentão manda. Até mesmo os professores fecham os olhos, ou incentivam, o bullying contra o garoto, que é caladão e tímido.

Após aguentar muitas situações ruins por muito tempo em silêncio, João perde o controle e dá um soco em Guilherme. Até aí tudo bem, não fosse Daniel, o único amigo de João, ter filmado tudo e colocado em um canal do YouTube. Resultado: o vídeo viraliza e, do dia para a noite, o João vira uma web celebridade, e um símbolo da luta contra o bullying.

Mas, mesmo começando a adquirir mais auto confiança, João ainda precisa vivenciar vários altos e baixos, seja na escola ou diante das câmeras, seja na sua relação com seus pais ou com garotas e amigos.

A narrativa do Danilo é simples, fluida, mas sempre muito bem pensada. As referências musicais a Legião Urbana me fizeram abrir sorrisos furtivos durante a leitura, e as discussões levantadas sobre as relações dentro da escola são muito relevantes. Durante a leitura não foram poucas as vezes que eu me perguntei:  'O que EU faria estando no lugar das personagens?' e até mesmo se eu fosse a professora daqueles jovens, como eu agiria diante daquelas situações.  (Já que esse é meu trabalho, isso realmente teve um grande impacto em mim).

Resumindo, ‘Por que Indiana, João’ é um ótimo livro, tanto para jovens quanto para adultos, e eu adoraria poder vê-lo sendo trabalhado nas escolas de todo o país.



1 de novembro de 2014

Giveaway - Sorteio de comemoração aos 3 mil inscritos!



Primeiramente, um milhão de obrigadas à vocês que fazem da minha vida melhor. Pelos comentários, pelos likes, pelas visitas e principalmente pela troca de energias positivas sobre livros, filmes, séries, música, beleza e claro, COMIDA!

Para comemorar o quase um ano (não sei exatamente quando o canal foi criado kkk) e a marca de 3 mil inscritos, eu resolvi fazer um Giveaway pra vocês. Vou sortear 8 livros, sendo que 3 estão em um kit. Para participar do sorteio basta preencher o formulário e esperar pelo sorteio no dia 1 de Dezembro. Vocês podem escolher concorrer à todos os livros ou só aqueles em que tenham mais interesse. Boa sorte gente. May the odds be EVER in your favor ;)

KIT - O Príncipe, Iracema e O Clube do Filme



Iracema e Cinco Minutos são clássicos da literatura nacional, escritos por José de Alencar, um dos maiores expoentes do Romantismo no Brasil. O Príncipe é uma das obras mais influentes na política mundial, escrita pelo italiano Nicolau Miquiavel. Já O Clube do Filme é um livro que conta a história verídica de um pai, David Gilmore, e seu filho que têm problemas de relacionamento e os resolvem vendo filmes essenciais do cinema e os discutindo juntos.

Rock Brasil - O Livro - Carlos Alves Júnior e Roberto Maia



Rock Brasil é uma coletânea de histórias e entrevistas de bandas que marcaram o rock nacional e seus últimos 20 anos. O livro trás ainda várias fotos e curiosidades

Não se Apega, Não - Isabella Freitas


 Não se Apega, Não tem resenha aqui no blog. É um livro sobre relacionamentos.

Inferno - Dan Brown



Em Inferno, Robert Langdon vai à Itália e se depara com um terrível plano que envolve a obra de Dante Alighieri. Vale lembrar que esse livro tem um defeito na lombar, culpa do Submarino :( Ah, também tem resenha aqui no blog. 

Anjos e Demônios - Dan Brown





Anjos e Demônios é o livro de estréia do personagem Robert Langdon, no qual ele vai ao Vaticano para descobrir a verdade por trás da eleição do novo Papa. Este livro está mais velinho, então a parte de cima está amarelada e eu coloquei meu nome e a data em caneta na primeira página :/ Eu fazia isso quando era mais nova.

Simplesmente Ana - Marina Carvalho


Simplesmente Ana também já tem resenha aqui no blog.

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