30 de janeiro de 2015

Filmes - Indicados ao Oscar parte 1

Olá queridos! Hoje venho conversar com vocês sobre a minha mini maratona filmes indicados ao Oscar 2015. Quase todo ano, desde idos de 2009/2010 que eu tento ver os principais indicados ou aqueles filmes que mais despertam a minha curiosidade. Sendo assim, aqui vai a minha opinião sobre os assistidos até o momento.

Garota Exemplar (Gone Girl, 2014)



Infelizmente Garota Exemplar só foi indicado na categoria melhor atriz. Rosamund Pike interpreta a personagem principal, Amy Dunn, que some sem deixar pistas e tudo indica que ela foi assassinada pelo marido. O filme faz jus ao excelente e intrigante livro de Gillian Flynn, que também adaptou o roteiro e merecia uma indicação pelo ótimo trabalho. Ben Affleck está bem no papel de marido de meia idade perdido, e nem preciso dizer que Rosamund Pike mais do que merece a estatueta. Sua interpretação é brilhantemente assustadora, suas mudanças, tanto de expressão fácil quanto corporal, e também físicas são impressionantes. O elenco de apoio também merece destaque. O livro já foi resenhado aqui no blog e no canal.




O Grande Hotel Budapeste (The Grand Budapest Hotel, 2014)

Wes Anderson é um diretor extremamente autoral, o que significa que ele cria sempre uma estética muito particular em seus filmes. Com Grande Hotel Budapeste esses recursos estilísticos ‘diferentes’ são levados ao extremo. Os cenários são grandiosos, a paleta de cores sempre muito envolvente. Há cores fortes e vibrantes quando a relação é com os ricos, e tons de cinza e azul quando a relação é com as camadas mais pobres. O elenco é todo estelar, a começar pelo protagonista, Gustave, interpretado por Ralph Fiennes, que faz uma comédia de tipo exagerada mas muito eficaz. Apesar de ser plasticamente muito bonito, e de ter um elenco excelente, eu particularmente não me envolvi muito com o roteiro. Porém, fica claro que é uma comédia com um fundo melancólico e nostálgico. O longa tem três planos narrativos. Presente, passado, e passado ainda mais remoto. Um escritor conta como conheceu o personagem de seu livro e a cena corta para esse encontro. O personagem principal então conta ao escritor como conheceu o consiérge Gustave e somos transportados pro passado mais remoto.


Operação Big Hero (Big Hero 6, 2014)

Indicado ao Oscar de melhor animação, o longa dos estúdios Disney tem uma leve (leve mesmo) inspiração nos quadrinhos homônimos da Marvel. A história se passa no futuro, na cidade de San Frasokyo (uma mistura de San Franciso com Tokyo), onde Hiro Hamada, de 14 anos, mora com sua tia e seu irmão mais velho, Tadashi. Hiro é um adolescente genial que participa de lutas clandestina entre robôs, porém seu irmão o convence a entrar para a universidade, onde sua inteligência pode ser testada e seus inventos melhorados. A animação em 3D é bem desenvolvida, e o que mais me chamou a atenção foi a construção da cidade, onde se pode notar tanto traços muito japoneses quanto característicos de San Francisco. Baymax, o robô gigante e abraçável é sem dúvida o grande mérito do filme. Porém, a história não é original e a trama me perdeu em tantas cenas de ação. É Disney mas dói meu coração dizer que não merece o Oscar de melhor animação.




Birdman (Birdman, 2014)

Michael Keaton interpreta Riggan Thomson um ator de meia idade decadente que já viveu um período de muita fama e muito dinheiro interpretando o super-herói ‘Homem Pássaro’. Assombrado por esse personagem (com o qual ele tem diálogos imaginários que o atormentam) ele tenta provar que é um ‘ator de verdade’ em um drama da Brodway, adaptado e dirigido por ele mesmo. O problema é que a peça passa por inúmeros problemas com elenco, e montagem, enquanto o próprio Riggan tenta se livrar dos fantasmas do seu passado. O filme é rodado de maneira que parece que não existem cortes, o que torna a cinematografia bonita, intrigante, mas também me deixou um pouco tonta. As interpretações de Michel Keaton, Edward Norton e Emma Stones estão impecáveis e merecem as indicações que receberam. Birdman critica a própria arte da interpretação, os astros de Hollywod, a crítica especializada e ainda tira um sarro da moda dos super-heróis. Não foi meu preferido, achei longo demais, e me incomodou que de 4 palavras ditas, 3 sejam sempre ‘fuck’, mas vale a pena ver.



A Teoria de Tudo (The Theory of Everything, 2014)

Provavelmente o filme que mais nos pega pela emoção da lista de indicados desse ano.  O longa conta a história do cientista Stephen Hwking e sua esposa, Jane Wilde, interpretados pelos brilhantes Eddie Redmayne e Felicity Jones. A história começa com os dois se conhecendo em Cambridge, passa pela descoberta da doença de Hawkings (Esclerose Lateral Amiotrófica), o casamento, o nascimento dos filhos, as conquistas acadêmicas, até o fim do casamento, quando a doença já estava muito avançada. Além de ser uma celebração a vida de um dos cientistas mais brilhantes que o mundo já viu, é uma lição de vida e de amor, além de cumplicidade e respeito matrimonial. Pode parecer apelativo para alguns, mas Jane Wilde é o tipo de mulher que merece ser reconhecida. O filme é inspirado em um livro escrito por ela - Music to Move the Stars: A Life with Stephen. O filme acaba com a publicação de Uma Breve História do Tempo, que em breve será resenhado aqui no blog.

Por enquanto esses foram os filmes que eu já assisti. Assim que vir mais, volto para dar minha opinião pra vocês. Beijos.

19 de janeiro de 2015

Que comecem as postagens sobre o Uruguai!

Oi meus amores! Quem me acompanha nas redes sociais já deve saber que no final do ano eu fui viajar com a minha mãe e meu padrasto (que eu chamo de tio, me deixem) pro Uruguai e pra Argentina. Hoje começam a séries de postagens aqui no blog e no canal de tudo que aconteceu nessa viagem de nove dias.

Saímos do aeroporto de Guarulhos no dia 26 de Dezembro, em voo direto pro Aeroporto Internacional de Carrasco, Montevideo. São cerca de 2 horas e 30 minutos no avião, e depois mais uns 20 minutos de carro para chagar a capital do Uruguai.

A primeira impressão que tive foi de que o aeroporto de lá é muito bonito. Ele não é grande, mas é muito bem organizado, iluminado e amplo. A seguir pela estrada percebemos o quanto o Uruguai é um país bonito, cheio de verde, árvores, e casas e prédios baixos. Nada que lembre a selva de pedra que é São Paulo.

Nós ficamos hospedados no centro de Montevideo, no hotel Four Points, que pertence ao grupo Sheraton. O hotel é muito bom e os funcionários extremamente simpáticos e solícitos. Se alguém quer ir pro Uruguai e não sabe onde ficar, eu recomendo o Four Points, na rua Ejido.

Como chegamos de manhã, tínhamos todo o dia todo pela frente para explorar a cidade. A primeira coisa que fizemos foi trocar nosso dinheiro por pesos uruguaios, e depois meu padrasto e minha mãe, que já conheciam a cidade, foram pra um lado, e eu e meu namorado pra outro. O primeiro lugar turístico que fomos foi a Plaza Independencia.

A Plaza Independencia fica no centro de Montevideo, no limite entre o centro e a cidade velha (ciudad vieja). É um dos marcos mais antigos da cidade, abrigando a Puerta de la Ciudadela, que é a antiga entrada da cidade colonial, e o Monumento e Mausoléu em homenagem a José Artigas, além de estar do lado da sede do Poder Executivo.

O Mausoléu Artigas guarda os restos mortais desse herói nacional, que acredite, é onipresente em todas as partes do país. Ele foi um militar que lutou contra invasores espanhóis, ingleses, portugueses e brasileiros pela independência e soberania do Uruguai.

Depois de visitar o mausoléu, seguimos para o Teatro Solis, que é ali do lado. Ele é o teatro mais antigo da capital, e pertence ao Estado. Foi inaugurado em 1856, com a ópera Ernani, de Verdi. Antigamente o teatro só recebia obras clássicas (óperas, ballets e concertos), mas hoje recebe muitos tipos de apresentações. Ele inclusive tem uma segunda área (além do palco principal) que é mais intimista.

Nós pagamos para fazer o tour pelo teatro, que ocorre todas as sextas e custa cerca de 4 reais. Existe a opção de visita guiada em espanhol, português e inglês. O que mais me chamou a atenção, é que além de poder conhecer a histórias e os espaços do teatro, três artistas se apresentam no meio das explicações. Como fomos em Dezembro, tudo era voltado para o Carnaval, que no Uruguai dura o mês de Fevereiro todo, e a música e dança tradicional dessa época é o Candombe. No vlog dá para ver um pouquinho da performance desses artistas.






Seguimos então para a Igreja Matriz, atual Catedral Metropolitana de Montevideo, que foi construída em 1720, mas que passou por inúmeras mudanças ao longo das décadas, até chegar ao que é hoje. Lá se encontram a pia batismal de Artigas, os restos mortais de importantes padres uruguaios, e foi lá que foi sagrada a primeira bandeira do país. A arquitetura é linda, assim como as obras em mármore e os altares.







Em seguida fomos para o MuseoHistórico Nacional, que fica na casa do primeiro presidente uruguaio, Fructoso Rivera. São três andares de quadros que retratam a história do país, móveis, roupas e objetos pessoais. E a entrada é gratuita. Ficamos lá por um bom tempo, já que demos a sorte de presenciar a pior chuva no Uruguai em 50 anos! O primeiro piso do museu ficou alagado :O


Quando a chuva deu uma trégua fomos ao Café Brasileiro, que é um café tradicional da cidade, que fica na parte velha. Ele é pequeno e bem aconchegante. Só não espere um café bom no Uruguai. Se for possível, fuja do café deles. Tem gosto de água. Invista nas sobremesas com doce de leite e chás.

Por hoje, é isso. Um enorme beijo a todos e até a próxima parada dessa viagem